–– Agora chega, Weasley –– disse Escórpio, taxativo. –– Acabou essa
história de meio termos, de coisas não ditas, de namoros falsos –– Rosa
estava encostada na parede e Escórpio a encarava a poucos centímetros
dela. –– Cansei! Por que estava namorando Wood?
–– E por que você estava com a Krum? –– rebateu Rosa.
––
Porque você beijou Wood na minha frente! –– Rosa olhou para baixo. ––
Olha pra mim –– disse Escórpio, segurando o braço dela. Rosa olhou-o nos
olhos. –– O que foi?
–– Ah, droga! –– aborreceu-se Rosa. –– Eu
fiquei com medo, tá? Se a gente ficar junto vai ser a maior confusão. E
se nossos pais nos separarem? Eu não quero ficar longe de você. Não
posso –– Rosa olhou nos olhos azuis de Escórpio. –– E também não quero
que meus pais briguem por nossa causa, por minha causa.
––
Também não quero que meus pais briguem por minha causa –– disse
Escórpio ––, mas eu não consigo mais disfarçar e negar o que eu sinto
por você, Rosa –– ele tocou a bochecha dela, com carinho.
–– Não,
Escórpio –– Rosa afastou-o e saiu de perto dele. –– E o que pretende? ––
perguntou o garoto, virando-a para ele. –– Se manter aqui, mas ficar
com outro na minha frente. Pra quê? Pra me machucar mais ainda? Pois eu
vou pedir a meu pai para me transferir pra Durmstrang, no próximo ano...
–– Não! –– disse Rosa, prontamente.
Escórpio
abraçou-a e a garota ficou com os braços dobrados entre os dois. ––
Então diz, Weasley –– desafiou ele ––, diz, olhando nos meus olhos, que
você me odeia, que me despreza por eu ser um Malfoy.
–– Para, Malfoy –– Rosa tentou empurrá-lo com as mãos no peito dele, mas Escórpio não soltou-a.
–– Fala que me odeia, Weasley.
Rosa
encarou-o nos olhos e sentiu uma lágrima rolar. –– Não posso –– disse
ela, derrotada. –– Não odeio você. Sou apaixonada por você.
Escórpio olhou nos olhos avelã de Rosa, por alguns segundos. –– Também sou apaixonado por você –– e beijou-a.
Foi
exatamente a sensação que estavam esperando. Sentir o coração um do
outro batendo acelerado, o calor que emanava um do outro e o toque suave
dos lábios, enquanto beijavam-se, demorada e apaixonadamente. Rosa
suspendeu os braços e abraçou Escórpio pelo pescoço e o garoto apertou-a
mais contra si, levantando-a do chão. Eles nem perceberam quando a
porta abriu-se.
–– Sr. Malfoy e srta. Weasley –– disse a Profª
Morrison, de Runas, e os dois afastaram-se, vermelhos ––, mas o que é
isso? –– ralhou ela. –– Dois monitores!
–– Desculpa, professora –– disseram os dois. –– Andem, saindo! Beijando-se às escondidas, ora essa –– ela colocou-os para fora.
–– Não vai tirar ponto da gente, professora? –– perguntou Rosa.
–– Não dessa vez, srta. Weasley –– disse a professora e piscou. –– Vão.
Os dois saíram; Escórpio apoiando Rosa, com o braço em sua cintura. Mas ela não estava mais mancando.
–– Ai, que vergonha –– disse Rosa, enquanto subiam as escadas.
–– Não acredito que perguntou se ela não ia tirar ponto. Você é muito nerd, Weasley –– o garoto sorriu.
Quando eles entraram no atalho para a Torre da Grifinória, Escórpio puxou Rosa para si, encostando-se na parede.
–– Aqui não, Escórpio –– disse Rosa, olhando para os lados.
–– Por quê? –– perguntou ele, sorrindo. –– E se Hugo ou meus primos aparecerem?
–– Ah, então vamos namorar escondidos.
–– Até eu conversar com meu pai –– disse Rosa. –– Mas você não falou nada sobre namoro.
Escórpio ia responder, mas Rosa ouviu seu nome e virou-se para ver Hugo entrando no corredor.
–– O que está fazendo, Rosa? –– perguntou o irmão, aproximando-se.
–– E você com isso? –– disse Escórpio, ríspido. Hugo puxou a varinha.
–– Hugo, por favor –– disse Rosa, colocando-se entre os dois.
–– Se papai souber o que está fazendo, Rosa...
–– Não vai contar –– Rosa enfrentou-o.
–– Só porque não quero outra briga entre meus pais –– Hugo baixou a varinha.
–– Na hora certa eu vou contar –– falou Rosa.
Hugo
ia saindo, mas voltou e apontou a varinha para Escórpio, que puxou a
dele também. Os dois encararam-se e Hugo era quase da mesma altura de
Escórpio. –– Escuta bem, Malfoy. Eu não posso fazer nada quanto a Rosa
gostar de você, mas deixa eu saber que faltou o respeito com ela ou a
fez chorar, porque já fez isso antes; eu vou acabar com você.
Hugo
baixou a varinha, olhou feio para ela e saiu. Escórpio olhou para Rosa e
ela segurou o sorriso por ver seu irmão defendendo-a. O garoto não
disse nada, apenas acompanhou-a até a entrada da Torre da Grifinória,
atrás do retrato da Mulher Gorda.
Gostou?
Enviem uma cartinha pela comentário pela coruja Comentários para eu
saber o que acharam!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por enviar uma coruja!