Lumus! Como estão, pessoal? Espero que bem. Demorou, mas aqui está mais uma parte da fanfic. Espero que gostem. Me digam o que acharam, nos comentários, no Twitter e no Facebook.
Rosa e Escórpio - Entre a serpente e a espada
Parte XIV
A turma do sexto ano da
Grifinória saiu da aula de História da Magia, com o prof. Binns, e dirigiu-se à
sala da profª Marieta Edgecombe, de Desesa Contra as Artes das Trevas. A turma
da Sonserina já estava lá.
– Ah, que
chato ter aula com a Sonserina toda segunda – disse Rosa, entediada.
– Você gostava
antes, não? – perguntou Evelyn, chegando atrás dela. – Parece que o romance
entre Rosa e Escórpio acabou – anunciou para todo mundo.
– E você com
isso? – perguntou Rosa.
– Talvez o
Escórpio tenha percebido que não valia a pena ficar com uma Sangue-Ruim – disse
Evelyn.
– Não chama
ela assim! – disseram Alvo e Escórpio ao mesmo tempo.
A profª
Edgecombe abriu a porta e mandou os alunos entrarem. Depois que todos
acomodaram-se, ela virou-se para os alunos, com suas vestes roxas e seu rosto
com pequenas pintas quase imperceptíveis sob a maquiagem.
– Espero que
tenham praticado a Conjuração do Patrono, porque quem não conseguir até o fim
do trimestre vai precisar ficar na semana de Natal praticando – a professora
olhou para Rosa. – Srta. Weasley...
Rosa
levantou-se, vacilante. Nas últimas aulas, ela não conseguira conjurar um
Patrono. A garota posicionou-se à frente da sala, ergueu a varinha e disse:
– Expecto
Patronum! – Mas só uma fumacinha prateada saiu da ponta da varinha de Rosa. Evelyn e as amigas riram baixinho.
– Praticou,
srta. Weasley? – perguntou a profª Edgecombe.
– Sim,
senhora.
– Não parece.
Dez pontos a menos para Grifinória. Parece que é tão ruim quanto sua mãe. Sente-se. Sr. Malfoy, por favor. Vamos ver o quanto progrediu.
Escórpio
levantou-se, foi até a frente da sala, ergueu a varinha e disse: – Expecto
Patronum – da ponta da varinha dele surgiu um animal alado prateado, que sobrevoou a sala. Os colegas admiraram a coruja-patrono até ela voltar para frente da
sala e desaparecer.
– Ora, ótimo
trabalho – disse a professora. – Dez pontos para Sonserina.
Ao final da
aula, menos da metade dos alunos eram capazes de produzir um patrono
não-corpóreo. Rosa estava frustrada. Como poderia não conseguir? Tinha
conseguido fazer tudo que os professores ensinaram até ali.
– Não vai
jantar? – perguntou Mary, ao ver que Rosa ia subir as escadas ao invés de ir
para o Salão.
– Não. Vou
praticar.
– Deixa de ser
boba – disse Mary, puxando a amiga. – Com fome, você não vai conseguir um
resultado melhor.
Elas chegaram
ao Salão Principal e sentaram-se à mesa da Grifinória, com Hugo, Lílian e Alvo.
– Parabéns,
Alvo – disse Rosa. – Ótimo Patrono.
– Ah, valeu –
disse Alvo. – Se quiser ajuda.
– Ela quer sim
– disse Mary, antes que Rosa pudesse responder “não”.
– Amanhã nós
temos o horário livre, no primeiro tempo – disse Alvo, depois da primeira
garfada no empadão.
– Ótimo –
disse Rosa, desanimada.
No dia
seguinte, Rosa, Mary e Alvo saíram da Sala Comunal da Grifinória, desceram para
o Salão Principal, para o café da amnhã e de lá foram à procura de uma sala de aula vazia para
praticarem. Mary e Alvo estavam animados em ajudar a amiga, mas Rosa estava péssima.
Quase não tinha dormido na noite anterior, entrando e saindo de sonhos
esquisitos.
– Aqui – disse
Mary, no segundo andar, empurrando uma porta. – Essa deve servir.
Eles entraram.
Mary e Alvo sentaram-se, enquanto Rosa, na frente da sala, erguia a varinha.
Ela se concentrou e disse:
– Expecto
Patronum! – Mas nada aconteceu. Ela tentou mais três vezes e nada.
– Tá se
concentrando em algo feliz? – perguntou Alvo.
– Tô – disse
Rosa.
– Em que tá
pensando exatamente? – perguntou Mary. – Talvez não seja forte o bastante.
– Bom, eu
pensei no meu pai, na minha mãe... sabe, em toda a nossa família reunida –
respondeu Rosa, olhando para Alvo.
– Mas tem algo
interrompendo – disse ele.
– É – Rosa
olhou para o chão. – Sempre lembro dele...
– Deve ser
isso – disse Alvo. – Meu pai disse que quando uma pessoa fica abalada
emocionalmente é mais difícil produzir um Patrono.
– Eu desisto!
– disse Rosa, largando-se em uma carteira. – Odeio aquela Marieta! Nem era pra
ela começar com Patronos!
– Ei, e se
você pensasse no Escórpio ao invés de tentar bloqueá-lo – disse Mary e depois
ficou envergonhada.
– Como assim?
– perguntou Rosa, incrédula. – Eu não quero pensar nele!
– Talvez Mary
tenha razão – falou Alvo e Rosa o encarou. – É, sabe, você se concentrar nos momentos
felizes.
– Não!
– Por que você
acha que o Patrono dele é uma coruja? – perguntou o primo, desafiador.
– Quê! Acha
que é por minha causa? – Rosa levantou-se, aborrecida.
– É claro, né?
– disse Mary. – Você é a mais inteligente da sala e todo mundo sabe que a
coruja é o símbolo da inteligência. Ele pensa em você ao conjurar o Patrono,
por isso tem a forma que lembra sua principal característica.
Rosa ficou
quieta, olhando de Mary para Alvo, seus olhos faiscando.
– Por que não
tenta? – perguntou Alvo, calmamente.
Rosa hesitou,
mas levantou a varinha. Fitou os rostos de Alvo e Mary, sorrindo para ela, depois pensou em toda sua família reunida, no sorriso e nos
olhos azuis de Escórpio. Concentrou-se no momento em que estavam no corredor
das cozinhas e disse, alto: – Expecto Patronum!
Um animal
prateado, com duas pinças e uma calda bifurcada surgiu da ponta da varinha e
avançou para o fundo da sala.
Mary bateu
palmas e sorriu. Alvo sorriu para Rosa, encorajando-a. A prima sorriu de volta;
baixou a varinha e o Patrono desapareceu.
– Obrigada –
disse Rosa e correu para abraçar os amigos.
– Ótimo
Patrono – disse Escórpio a Rosa, enquanto saíam da aula de Defesa, na
sexta-feira. A garota ignorou-o e seguiu em frente.
Mas Escórpio
alcançou-a no outro corredor. – Quer parar de fingir que eu não existo – disse
Escórpio, segurando Rosa pelo braço.
– Me larga,
Malfoy – disse Rosa, pegando a varinha no bolso. Escórpio foi mais rápido –
arrancou a varinha da mão dela. Um grupo de alunos do primeiro ano parou para
olhar.
– Me ouve, por
favor – pediu Escórpio.
– Eu queria
ouvir você dizer a seu pai que era sua namorada! – gritou Rosa, tentando pegar a
varinha. – Mas você não disse! O que foi? Ficou com medo do seu pai deserdar você por namorar uma
Sangue-Ruim?
– Claro que
não! – disse Escórpio. – Como pode pensar isso!?
– Pois se você
tem vergonha de mim, não me merece! – disse Rosa e deu um chute na perna de
Escórpio e tomou a varinha da mão dele. (Agora já havia uma grande quantidade
de pessoas à volta). – Eu tenho sangue trouxa, sim, Malfoy. E não tenho vergonha
disso! Meus avós têm o sangue mais puro que o caráter da sua família.
Rosa e
Escórpio ficaram encarando-se; ela apontando a varinha para ele, a raiva
tapando sua garganta.
– Mas o que
está acontecendo aqui? – perguntou a profª McGonagall, com suas vestes azul-marinho
e os cabelos grisalhos presos em um coque, abrindo espaço entre os alunos. –
Srta. Weasley e sr. Malfoy!
– Rosa, eu te
amo – disse Escórpio, olhando para a garota e ignorando a diretora.
– E eu te
odeio – disse Rosa, com os olhos faiscando.
Enquanto isso,
a profª McGonagall dispersou a multidão. – Podem explicar o que está
acontecendo? – disse ela, com energia. – Dois monitores. Na frente dos alunos
menores.
– Foi minha
culpa, diretora – disse Escórpio, olhando para ela.
– Me pareceu
que a srta. Weasley estava apontando uma varinha para o senhor – disse a
diretora, com a expressão dura por trás dos óculos quadrados.
– Eu que
provoquei.
– Vinte pontos
a menos para Sonserina e para Grifinória. E se eu souber de mais alguma
confusão dos dois vão perder o distintivo de monitor. Para aula.
Os dois saíram
de cabeça baixa.
SONSERINA X
GRIFINÓRIA
No fim de
semana seguinte, na primeira semana de Novembro, era o primeiro jogo de
quadribol do ano – Grifinória contra Sonserina. Os ânimos estavam exaltados
porque Sonserina ganhara a Taça de Quadribol no anterior. Essa seria a primeira
chance de revanche da Grifinória.
– É vencer ou
vencer, pessoal – disse Sean ao time, no café da manhã do dia do jogo. – Alvo,
não deixa aquele pomo ser agarrado pelo Malfoy.
– É questão de
honra – disse Hugo, olhando para Rosa.
– Acho que
esse jogo vai além do quadribol – cochichou Mary para Rosa.
– Por que? –
perguntou Rosa, levantando os olhos do Profeta Diário.
– Hugo, Tiago
e Sean estão no time. Vão querer acabar com o Escórpio.
– Quê! – disse
Rosa, assustada. – Não podem fazer isso!
– Tá
preocupada? – Mary levantou as sobrancelhas.
– É, um balaço
na cabeça não é brincadeira – Rosa lançou um olhar para mesa da Sonserina.
Escórpio estava conversando com o time. Ele levantou os olhos e a viu; ela
olhou para baixo.
Alvo Potter,
capitão do time da Grifinória, apertou a mão de Escórpio Malfoy, capitão do
time da Sonserina, quase esmagando os dedos um do outro. Os jogadores montaram
suas vassouras e quando a Profª Rowling apitou, eles subiram em direção ao céu.
As arquibancadas lotadas gritavam, assoviavam e vaiavam – três quartos delas
coloridas de vermelho e dourado.
“Grifinória de
posse da goles”, soou a voz de Marcel Pucey, aluno do quinto ano da Sonserina.
“De Thomas para Finnigan, para Weasley... e ela marca. DEZ A ZERO PARA
GRIFINÓRIA! Vamos, Sonserina, vamos! Sonserina de posse da goles. De Warrington
para Nott e... perdeu. Finnigan pegou a goles.”
A torcida da
Sonserina deu um suspiro e a da Grifinória comemorou.
“Ela tenta o
gol, mas Derrick defende. Os batedores, Flint e Montague, estão fazendo um
ótimo trabalho. Potter e Weasley respondem... Ei, vinte a zero para Grifinória!
Thomas passou por Derrick!
“Será que
Malfoy não treinou o time direito por causa dos seus problemas amoroso? Sei
não".
– Sr. Pucey,
atenha-se ao jogo! – disse a diretora McGonagall, ao lado dele.
Escórpio, lá
do alto, odiou Pucey. A culpa não era dele se o idiota do Derrick estava
deixando tudo passar.
“Nott passa a
goles para Goyle que voa para as balizas... Wood defende pela Grifinória. Se
Malfoy não agarrar esse pomo logo.
“Weasley de
posse da goles e ela voa para as balizas. Derrick defende – finalmente! Potter
mira um balaço no Malfoy e erra por pouco. Parece que não herdou o talento do
pai, que era apanhador. Isso deve gerar atrito com o irmão mais novo, capitão
do time...(– Sr. Pucey! – ralhou a diretora.) Mas o ataque a Malfoy pode ter a
ver com a relação ilegítima entre Escórpio e a prima de Potter.”
– Eu vou
acertar um balaço nesse filho de uma manticora – disse Tiago, voando perto de
Hugo.
Alvo estava
voando ao redor do campo, tentando ver o pomo.
“Warrington
marca! VINTE A DEZ PARA GRIFINÓRIA!” A torcida verde e prata urrou lá embaixo.
Um balaço
passou zunindo pela orelha de Escórpio. Ele virou-se para Tiago: – Potter, seu
filho de uma fada mordente!
– Lave sua
boca pra falar da minha mãe, Malfoy – gritou Alvo, voando em direção a ele.
Escórpio desceu um metro para evitar a colisão.
“O jogo está
se tornando uma batalha entre Potter, Malfoy e Weasley”, gritou Pucey.
“Demais!”.
– Sr. Pucey! –
disse a diretora, furiosa.
“Goyle marca.
Empate! Wood defende outra tentativa de Warrington. Grifinória com a goles.
Finnigan, essa garota é boa demais, pena que é da Grifinória. Tá, diretora,
desculpa.”
– Acha logo
esse pomo, Alvo! – gritou Sean, defendendo uma goles atirada por Flame Nott.
Alvo tentou
localizar a bolinha dourada e... no outro lado do campo, ele viu um reflexo
dourado. Escórpio viu também. Os dois voaram, disparados, para o outro extremo
do campo. Emparelharam-se e esticaram a mão. O pomo estava a alguns
centímetros. Escórpio curvou-se. Mas Alvo foi mais rápido. “Alvo
Potter captura o pomo!”, gritou Pucey. “Poderia ter feito melhor, Escórpio. Da
próxima vez, passe mais tempo treinando que dando amassos em uma certa ruiva
grifinoriana”.
A prof.ª
McGonagall tirou o megafone da mão de Marcel.
– Cento e
setenta a vinte para Grifinória – anunciou ela. – Fim de jogo. Sr. Pucey –
detenção!
O que a
diretora não percebeu é que assim que Alvo capturou o pomo e desceu rápido para
o chão, Sean pegou o bastão de Hugo e arremessou um balaço contra Escórpio. O
garoto despencou da vassoura e caiu lentamente...
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